quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dois mil e chega

Tem sido um ano estranho. Talvez seja esta a definição que 2015 deixará comigo depois que todas as agendas e calendários marcados com este ano tornarem-se rascunhos para quaisquer outras coisas que não envolvam mais nenhum tipo de plano para o futuro. Muita coisa aconteceu... Tanto que já não sei mais por onde começar a desenrolar mais um capítulo de nostalgia para deixar registrado por aqui. Para que a esta altura, em 2016, quando eu me sentir inseguro ou perdido uma vez mais, eu tenha algo para me apoiar. E convenhamos que isto é inteiramente possível, considerando que além do meu próprio CEP e algumas fotos tiradas em pontos turísticos famosos, eu ainda não conheço muito sobre este pequeno e tumultuado município que batizaram de Terra das Cataratas. Mas o pouco que conheci até aqui me convenceu o suficiente para continuar. E no final das contas, talvez fosse esta a lição que 2015 tentou tanto me ensinar enquanto eu estava ocupado só reclamando, indignado sobre tudo e todos estarem mudando tanto. Por que as coisas não podiam continuar do jeito que eram? Por que tudo tem que terminar? Bom... Eu gosto de pensar que para tudo existe um motivo. Mesmo que eu não saiba exatamente qual é no momento em que algo dá errado, ou quando alguém que parecia tão promissora simplesmente pára de responder as minhas mensagens. Continuar, acima de tudo, é o segredo.

E eu me lembro bem, logo no começo de 2015, enquanto estava aprendendo a criar fôlego para manter uma corrida que durasse mais do que os acordes inicias de uma música tocando nos meus fones de ouvido, que tudo o que eu queria deste ano era encontrar um caminho para seguir. Só não sabia qual nem aonde me levaria. O que conseqüentemente justifica não somente a necessidade de me colocar à prova para descobrir aonde quero chegar nesta vida como, bom, Foz do Iguaçu é um lugar tão promissor quanto qualquer outro para quem se sente perdido. Talvez Foz do Iguaçu seja um caso ainda mais especial, considerando que grandes grupos em trânsito pela cidade estão geralmente sendo acompanhados por um guia. Ou seja: é totalmente aceitável sentir-se perdido aqui. E talvez seja isto o que tenha me conquistado para continuar aqui e, enfim, plantar algumas sementes por aí para que quando estivermos vivenciando os primeiros instantes de 2016, eu já me sinta muito mais tranqüilo com relação ao meu futuro.

Meu nome é Igor Costa Moresca. 24 anos. Brasileiro, solteiro, escorpiano. Sem afiliações políticas até que a obrigatoriedade de possuir bom senso para as coisas torne-se um projeto de lei de algum partido. Cor favorita: azul, mas às vezes verde. Também tem aquele azul meio esverdeado, ou verde meio azulado... Ceruleano? Não sei. Enfim. Graduado em psicologia e futuro jornalista. Escritor de coração e eterno apaixonado, por mais que o amor esteja mais ocupado com outras coisas. E está tudo bem. E tudo continuará bem. Sabe por que? Porque eu acredito nisso. E em mim. Aconselho você a tirar cinco minutos da sua correria para tentar fazer o mesmo. Ainda falta um mês para o Natal, mas de nada adianta comemorar a primeira meia noite de 2016 se o seu passado continua abafando suas promessas de ano novo.

Ok, 2015. Era isto que eu precisava aprender? Sobre o fim das coisas e o começo das outras? Sobre redescobrir possibilidades e construir caminhos para seguir? Sobre entender que quem teve que partir, foi desta vida para melhor, e que quem continua tem seus propósitos que vão além do meu ego inflado? Por que será que as lições só se tornam claras quando a história se aproxima do fim? Bom, vai ver isso era mais uma sobre a qual eu precisava me atentar neste ano...

Mas já deu, 2015. Ou melhor, dois mil e chega. Foi um ano e tanto. Estranho e inesquecível. Do jeito que as estranhezas costumam ser.